Olhar a paisagem com incerteza deu-me a possibilidade de pensar numa memória gráfica e textual, num percurso ao longo do qual vão sendo mapeadas as transições entre os estados ambíguos da paisagem e dos espaços habitados. Os desenhos consistem em registos livres, numa primeira fase eram esboços rápidos e também registos detalhados de plantas silvestres. A escolha da sobreposição e dos papeis rasgados permitem uma paisagem descontrolada, confusa, de certo modo caótica é ao mesmo tempo mais próxima do natural.